quinta-feira, 11 de novembro de 2010

Dia do professor



Um poema aos que não se permitem desistir

Professor José Maria- Presidente-SECOM/CPP


Os versos nos tocam de forma suave e profunda. Criação de Sivuca e Paulinho Tapajós - Tempo dos pardais - massageia a nossa alma, na voz da inesquecível Elizeth Cardoso ou, então, no jeito singular de Raimundo Fagner. Louvor à simplicidade dos valores humanos. Um tempo nostálgico, quando as escolas não portavam armas, as crianças se sentiam seguras, pois iam lá só para estudar. Os professores eram respeitados. Não havia violência, nem pânico, nem álcool, nem drogas. Havia era dignidade. Os mestres eram valorizados. O medo não se atrevia a pular os portões escolares.

Na celebração do Dia do Professor, faço lembrar os versos desta poesia. Assim, presto uma singela homenagem aos colegas do magistério e a todos os profissionais da educação que, como eu, jamais jogarão a toalha. Não se permitirão desistir. Não pouparão os seus esforços, o seu suor, o seu fôlego para manter avivada a luta pela paz nas escolas e pela valorização do ensino paulista. O que hoje é um sonho, amanhã - juntos - faremos virar realidade.

Essa é a homenagem da Diretoria do Centro do Professorado Paulista (CPP) a todos os mestres de ontem, de hoje e de amanhã.


Tempo dos pardais


Era uma vez
um tempo de pardais
de verdes nos quintais
faz muito tempo atrás
quando ainda havia fadas


Num bonde havia
um anjo pra guiar
pra quem chegar sentar
de duvidar, de admirar.


Havia frutas num pomar qualquer
de se tirar do pé
no tempo em que os casais
podiam mais se namorar
nos lampiões de gás
sem os ladrões atrás
tempo em que o medo se chamou
jamais

(...)


Só sei que enquanto houver os
corações
nem mesmo mil ladrões podem
roubar canções.


E deixa estar que há de voltar
o tempo dos pardais do verde
dos quintais
tempo em que o medo
se chamou jamais!

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