sábado, 5 de maio de 2012

Francelina de Carvalho Soares


( DONA  CELINA)


          

      Francelina de Carvalho Soares, mais conhecida como Celina Soares, nasceu em Casa Branca no dia 28 de abril de 1886.

    Foi casada com Antônio Soares, um dos funcionários do Asilo de Inválidos e criador da Caixa de Socorros Mútuos, entidade cuja finalidade era prestar assistência médica, farmacêutica e funcional à população carente.

      Dona Celina teve vários filhos, tendo sido uma mãe extremosa.
      Exercia ainda a profissão de Parteira desde o ano de 1932, assistindo para mais de oito mil parturientes.

    Quantas crianças nasceram sob seus cuidados e desvelos de uma mãe! Quando se via Celina Soares transitando pelas ruas da cidade, de charrete, podia-se assegurar: uma criança está para nascer ou um carente precisava de ajuda.

     Era uma mulher corajosa e virtuosa. O seu trabalho como parteira era respeitado pelos médicos locais que viam nela a pessoa ideal para acudir as gestantes no momento sublime do nascimento.

     Dona Celina, para melhor atender as gestantes carentes, fundou em março de 1952 a "Casa da Mãe Pobre", da qual era sua Diretora desde a sua fundação.

     Durante oito anos essa incansável batalhadora trabalhou com dedicação e carinho na Instituição por ela fundada, dando às mães e recém-nascidos todo conforto que necessitavam.

     Mesmo doente, não vacilava em sair de sua casa, muitas vezes de madrugada, para atender as parturientes na "Casa da Mãe Pobre", que sobrevivia pela sua luta incessante.

                                        FALECIMENTO DE DONA CELINA
        No dia 25 de novembro de 1960, Deus chamou para junto de si essa valorosa mulher.
        Ela desencarnou em São Paulo, aos 74 anos, na residência de sua filha, sita à Alameda Barros, às 3:50 horas, tendo seu corpo sido trasladado para Casa Branca, sua terra natal, onde foi velado e sepultado, acompanhado da emoção de toda a população.

      O povo, ao saber da notícia da chegada de seu corpo, acorreu em massa à sua residência, a fim de prestar as derradeiras homenagens a essa grande benfeitora e amiga dos necessitados.

      Dona Celina sempre gozou de larga estima e admiração de todos, não só pelos seus dotes espirituais, como também por nunca ter negado seu auxílio a quem quer que fosse.

     À saída dos funerais dessa nossa saudosa Dona Celina, falou o sr. José S. Bastos, enaltecendo o serviço por ela prestado.

     Diversas entidades de classe fizeram-se  representar nos funerais e juntamente com o povo, prestaram suas homenagens e comovente despedida.

                                      INAUGURAÇÃO DA FOTO DE DONA CELINA
      Em 28 de abril de 1964, dia em que DONA CELINA comemoraria mais um aniversário, foi inaugurado o seu retrato na antiga "Casa da Mãe Pobre", anexa ao Centro Espírita "União e Amor", também por ela fundado.

     Nessa ocasião foi feita em sua memória uma homenagem com números musicais, declamações e crônicas, pelos filhos do Sr. Wilson - membro da Diretoria.

                                     RUA CELINA SOARES
       Depois de tantos anos de seu desencarne, o povo não esqueceu essa lutadora, pois seu nome é perpetuado em Casa Branca com a RUA CELINA SOARES - rua da Estação Rodoviária de Casa Branca.