
SÚPLICA DA ÁRVORE
Tu, que passas e levantas contra mim o teu
braço, antes de fazer-me mal, olha-me bem.
Eu sou o calor do teu lar nas noites frias
de inverno.
Eu sou a sombra amiga que te protege contra o
sol de dezembro.
Meus frutos saciam tua fome e acalmam
tua sede.
Eu sou a viga que suporta o teto de tua casa,
e a cama em que descansas.
Sou o cabo das tuas ferramentas, a porta
de tua casa.
Quando nasces, tenho a madeira para o teu
berço; quando morres, em forma de ataúde
ainda te acompanho ao seio da terra.
Sou ramo de bondade e flor de beleza.
Se me amas como mereço, defende-me
contra os insensatos.
Este texto, fundido em bronze, encontra-se sobre o portal do Pavilhão Iuguslavo na Exposição Internacional de Paris (1937).
Desconhecidos os nomes do autor e do tradutor.
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