quinta-feira, 12 de novembro de 2009

NO RETRATO E NO CORAÇÃO ABERTO


Para minha mãe, nos dias que sempre virão.

No vaivém da existência amarga,
na rotina dos dias cansados,
nas promessas desfeitas no horizonte.
Na dura realidade de cada dia,
na eterna esperança de cada hora,
no sonhar infinito de cada instante.

No trabalho triste e complicado,
no tesouro ainda descoberto,
no romance procurado e encontrado.
Na perdida e calma madrugada,
na canção sem som e sem gemido,
na procura e na ânsia ocultada.

No olhar desencontrado e ardente,
no caminho desfolhado e inconsequente,
no realizar profundo e inquietante.
No calar e no falar contente,
na tristeza e na solidão deserta,
no vendaval e na dor ausente.

Na espera e na cor sangrando,
na carícia e no sonho errante,
na bondade e no amanhecer nascente.
Na luz e na alegria oculta,
na prece e no raiar cansado,
no dia e na voz vibrante.

Na renúncia e no apelo ausente,
no carinho e no crescer imenso,
na saudade e na figura viva.
No horizonte e no nascer crescente,
na paz e na criação sentida,
no amor e no viver eterno.

Promessas e encontros calados
de dores e sentidos caminhos
abertos de espinhos e folhas,
cobertos de neve e de sol.

Para mamãe, com muito amor,
Newton César
Campinas, 13/05/79 (Dia das mães)

Um comentário:

  1. Dona Therezinha seu blog é lindoooooooo, como a senhora,beijos.
    Ana Lúcia

    ResponderExcluir